Quem é que não se lembra do dia
maravilhoso de sua conversão ao evangelho? É bem verdade que todo mundo tem
anotado na agenda do coração, o dia em que por obra do Espírito Santo de Deus,
teve um encontro real com Jesus Cristo. (João 16:8) Este dia se solidifica em nossa
memória, pois encontrar-se de verdade com Cristo é um verdadeiro e irreversível
divisor de águas na vida de qualquer pessoa, digo isto, pois considero a experiência
de conversão ao verdadeiro evangelho, irreversível, não há como encontrar-se
com Cristo e continuar sendo a mesma pessoa. (2 Coríntios 5:17)
Sempre que nos propomos a pensar
sobre a nossa conversão, uma reflexão inevitável nos é apresentada: Como éramos
no inicio de nossa caminhada, quando ainda éramos ‘novos convertidos’? A
maioria de nós responderá sem titubear: ‘’Ah! Eu era uma
benção, muito atuante na igreja, um fervoroso pregador e auxiliador na obra, e
não havia em meu coração, desejo maior do que o de estar na presença do
Senhor!’’
Pergunto-me, porque será que mudamos tanto com o passar dos anos em nossa
caminhada com Cristo?
Não consigo compreender como o
desânimo possa contagiar a um alguém que se diz cristão, quando Cristo mesmo nos alertou que sofreríamos
tribulações, que muitas seriam as investidas contra a nossa persistência na fé,
mas que tivéssemos ânimo, pois Ele venceu, e assim como Ele venceu, nós também
venceremos. (João 16:33)
Penso que parte da origem deste desânimo,
esteja na nossa condição humana, mesmo sendo seguidores de Jesus Cristo, somos
homens e estamos cheios de humanidade, e esta humanidade faz-nos diminuir o
passo, faz-nos mergulhar no oceano do conformismo, e a cada dia que se passa
estamos cada vez mais sutilmente distantes de Deus. Outro fator, que a meu ver,
também contribui fortemente para a descaracterização do que outrora éramos em
Cristo em nossos primeiros momentos com o Evangelho, é a nossa negligência
quanto a hábitos extremamente importantes para a nossa caminhada e relacionamento
com Cristo, tais como a manutenção de uma rotina de leitura e meditação da
Palavra (João 5:39) e
de oração. (1 Tessalonicenses 5:17)
Uma vida cristã distante de Cristo é fadada ao pleno fracasso, é preciso
relacionar-se com o Senhor, é preciso renunciar a cada dia, por amor à sua
Palavra.
Lembremo-nos dos dias do primeiro
amor, de como estávamos efusivos e extremamente alegres ao vislumbrar a nova
vida, a nós possível em Jesus Cristo. Que possamos retornar ainda no dia de
hoje às primeiras obras, que possamos encontrar novamente o mesmo entusiasmo em
servir ao Senhor que tivemos outrora. Esta é a minha oração, que prossigamos
firmes e CONSTANTES em nossa peregrinação (Hebreus 11:13-16) aqui nesta terra, objetivando o
nosso alvo que é Cristo Jesus! (Filipenses 3:14)