Certa vez ouvi dizer que a
vida é uma grande escola. Confesso à época concordei, mesmo sem ter muitas
evidências e/ou experiências para compartilhar, ou para tornar a minha adesão a
este pensamento, justificada.
Hoje, esta se tornou uma de minhas maiores epifanias,
de certo não há nada que nos ensine mais, do que o nosso cotidiano, que o
simples passar dos dias. E como numa escola literal, a vida
vai aumentando a dificuldade e exigindo mais conhecimento e maturidade a cada
série, a cada estágio, a cada momento.
Quando a questão é o nosso boletim,
muita coisa ainda se assemelha, e é inevitável a abundância de notas vermelhas,
de momentos em que não soubemos o que fazer, seja porque não estudamos, ou por
simplesmente nunca termos passado por coisa igual.
E quanto às ferramentas? A vida nos mune de caneta, nos dá lápis comum, lápis de cores, mas, infelizmente, a vida não nos
dá borracha, e a razão disto é simples de ser respondida. Já imaginou se cada
momento ruim, cada “bola fora” que déssemos pudesse ser apagada? A vida estaria
nos destinando a uma completa e inevitável imaturidade, onde estaríamos sempre
fadados ao insucesso.
Mas não, apagar nossos momentos ruins
não nos é permitido, para que tenhamos experiência, para que não cometamos os
mesmos erros, para que não soframos pelas mesmas causas.
É necessário entender que: Viver não é não errar, muito pelo contrário,
viver na maioria das vezes, na grande maioria das vezes é errar, mas os sábios
sempre erram por novos motivos, os tolos continuam cometendo o mesmo erro. Erre
isto te é peculiar, porém, erre de forma inédita.
Até
a próxima semana!
-
Carlos Magno